Se tem algo que gosto nas fotografias experimentais de Eduardo Buscariolli, do Grupo Câmara Obscura, é que elas nos apresentam diretamente os problemas teóricos da fotografia, como um tapa na cara. Na breve série “Distorções”, não é diferente. Eduardo fotografa objetos do cotidiano usando diversos materiais entre a câmera e o referente, com o objetivo de criar novos tipos de representação.
O trabalho de Eduardo mexe diretamente com o caráter, a matéria da fotografia, uma vez que expõe a fragilidade com que a câmera busca representar o referente. Como estamos muito acostumados com a transformação que a câmera faz, não percebemos que a fotografia não é a realidade. Ao decompor os objetos, especialmente os mais banais, Eduardo diz, a la Magritte: Isto não é um cachimbo.
Em outros trabalhos, Eduardo mostra sua inquietute em relação à fotografia. Seja na abordagem da cidade, seja na aparente simplicidade de um objeto de cozinha, o questionamento da função e de como a fotografia deve ser feita parece estar sempre presente.
Confira mais trabalhos no álbum Experimentais de Eduardo Buscariolli no Flickr.
Eu gostei muito, e até copiei e colei três fotos no meu orkut para que meus amigos vejam que há trabalhos bacanas.