Num post de sexta-feira passada, Michael Johnston, do The Online Photographer, fala da importância de de ter um viewing station, ou uma estação de visualização de fotos. Ele argumenta que é essencial para os fotógrafos ter um local, com luz controlada, para que as ampliações sejam analisadas e apreciadas.
O autor coloca ainda que é possível ter uma lâmpada especial para esse fim montada a uma mesa, mas que nenhum custo é necessário: a luz natural de uma janela pode servir muito bem, especialmente para nós que temos dias longos. Há uma questão técnica que é a temperatura de cor da luz. Ver fotos sob luz artificial pode ser um pouco enganoso. Às vezes imprimo fotos que parecem boas sob uma lâmpada mais quente, mas à luz do dia são mais azuladas. O inverso pode ocorrer com luz fluorescente. O que é recomendável, então, é que você ajuste os tons das suas impressões a partir da luz na qual as fotos serão vistas. Como geralmente levo fotos para reuniões familiares ou de amigos, nas quais a luz é natural, é essa a minha referência.
Eu não tenho uma estação como foi sugerido no T.O.P., mas costumo pegar as minhas impressões, sentar ao lado de uma das janelas de tamanho considerável do meu apartamento para analisá-las em seus detalhes e também para curtir as fotos. E para mim essa é a questão principal: não a importância de ter um espaço ou equipamento para ver as imagens, mas sim esse ato, esse momento tranqüilo e demorado com as próprias fotos.
Este é um primeiro fim numa cadeia que envolve a preparação para a foto, a escolha do assunto, o ajuste da câmera, a leitura da luz, o enquadramento, o clique em si, o tratamento e a impressão. Se não tivermos um tempo para olharmos para o resultado desse processo, especialmente no papel, toda a coisa anterior corre o risco de perder o sentido. E, além disso, é essa análise final que nos dá o subsídio para os processos seguintes. Resumindo: você não precisa ter uma viewing station, mas você precisa olhar para suas próprias fotos. Isso é fundamental para a boa fotografia.
Concordo com você Rodrigo.
Eu sempre seleciono as imagens que mais agradam-me, e passo para papel. E olho a luz do dia para ter um melhor controle sobre a cor. Na fotografia digital, não adianta muito o monitor está calibrado, quando passa-se para papel, em cada laboratório sai um resultado diferente.
Eu sou a responsável pelo meu clic.
Cristina,
Obrigado pela visita e pelo comentário. De fato, a questão das cores na fotografia digital é complicada, mas é algo que agora podemos controlar. Acredito que mais do que a praticidade, o maior benefício das digitais é justamente permitir que nos responsabilizemos por todo o processo de forma viável.