Nos tempos do filme, ampliar fotos era uma tarefa mais simples. Não havia muita preocupação com cortes, pois a foto não existia antes de estar no papel. Agora, com as fotos digitais, geralmente vemos os arquivos antes de mandar para o laboratório e podemos comparar com o que foi impresso. E, se você for como eu, quer que a foto saia exatamente do jeito que está na tela, especialmente se você fez um enquadramento bem feito e um tratamento cuidadoso. Mesmo que você não seja tão preciosista, o mínimo que vai querer é que as imagens não saiam totalmente cortadas ou com faixas brancas nas laterais. Como evitar isso?
Antes de mais nada, é preciso entender que as câmeras digitais fotografam em dois formatos o 3×2 e o 4×3 (algumas também fazem imagens em 16×9, mas como essas são mais digiridas à visualização em TVs e monitores widescreen, não vamos nos ater a ele). A proporção 3×2 significa que para três centímetros que se tem no lado maior, haverá 2 no lado menor. É o formato utilizado pelas câmeras de filme e pela maior parte das câmeras digitais reflex e profissionais. Já o formato 4×3 tem, para cada quatro centímetros no lado maior, três do lado menor. É uma proporção mais “quadrada”, presente na maior parte das câmeras compactas e algumas reflex, como as da Olympus.
Sabendo disso, é preciso identificar qual o formato que a sua câmera utiliza. Algumas permitem que se escolha a proporção, então você pode selecionar essa opção através dos menus. Outras não tem essa facilidade. Para saber se a sua câmera fotografa em 3×2 ou 4×3, abra uma pasta que contenha alguma das suas fotos. Passe o mouse por cima dela, e o Windows lhe informará a resolução. Caso não apareça, clique com o botão direito em propriedades e detalhes avançados. Divida o número maior de pixels pelo número menor (por exemplo, 3008 por 2008). Se o resultado for próximo de 1,5, sua câmera fotografa em 3×2. Se for próximo de 1,33, sua câmera fotografa em 4×3.
A partir daí, você pode escolher o tamanho de papel que melhor se ajusta ao formato que a sua câmera produz. Abaixo há uma tabela com os tamanhos mais comuns separados pelo formato mais adequado. Tomei como referência o laboratório Capovilla, que tem alguns tamanhos muito interessantes que não estão disponíveis em outros lugares, como o 12,7 por 19cm, ótimo para uma ampliação no formato 3×2.
O que podemos ver na tabela é que o formato 3×2 tem mais opções para impressões em grandes tamanhos. Mas é bom lembrar que há aí uma padronização. Nesses casos, nada impede de fazer uma impressão que gere faixas brancas e pedir para que o laboratório as refile. Mas outra coisa importante é que muitos tamanhos populares, como o 13×18 (arredondando), o 15×21 e o 25×30 não são adequados para nenhum dos dois formatos, gerando cortes ou perdas em ambos.
Outra informação importante é que poucos tamanhos se adaptam exatamente ao formato da foto. Na maior parte dos casos, será preciso algum tipo de corte, ainda que de milímetros. A melhor forma é enviar para o laboratório já no tamanho certo, para que você decida sobre o corte e não o laboratorista. A ferramento crop do Photoshop permite inserir o tamanho do papel em centímetros, gerando um arquivo no tamanho adequado.
Grande artigo! Muito bem explicado e muito util!
Muito legal a tabela e a explicação, Rodrigo.
Minha opção tem sido, há muito tempo, a inclusão de margens. Como você sabe, não gosto de cortar fotos e quase todos os tamanhos de papel implicam em cortes. Então o que faço é deixar uma margem que pode variar de meio a dois centímetros e assim consigo manter a proporção da foto original, usando a margem para assinar ou para identificar a foto.
Quando se usa o formato de 30,5cm em minilabs Noritsu, ainda há uma outra hipótese. Como o papel é em rolo, é possível pedir recorte especial desde que a maior medida não ultrapasse 90,5cm. Com 90,5 faz-se panoramas, mas é possível pedir 30X5 por qualquer medida e aí, nesse caso o que faço é dimensionar a foto em pixels para ela ficar exatamente com 30,5 de altura e mando cortar no tamanho de fato do arquivo.
Para usar as margens é conveniente já deixá-las no arquivo que vai ser mandado, evita-se erros.
Aqui no Rio não sei onde se faz 100X150. nem 50X75. O que conheço aqui é 50X80, um formato que obriga a planejar margens.
Muito bom este artigo. Me fez entender o motivo das fotos no papel nem sempre sairem exatamente como as vejo no monitor…
Parabéns
Excelente artigo! Foi muito útil mesmo.
Bom esse artigo, sintetizado e bem explicado.
da pra fazer no programa Paint que vem no computador? ou me recomende um app que de para o windows 10
Ana Paula, uso o Irfanview (editor de fotos simples, pequeno e gratuito), procure pelo nome no google que você consegue baixá-lo no próprio site da desenvolvedora.
Abra a foto que deseja cortar, clique em Editar no alto da tela e em seguida em ‘criar seleção maximizada (proporção)” se estiver em inglês é “create maximized selection (ratio)” e escolha a proporção que for utilizar, depois é só arrastar a seleção na imagem com o botão direito do mouse e cortar a foto (Edit -> Crop Selection ou Ctrl + Y), salvar o arquivo com outro nome para não substituir o original e imprimir no laboratório.